Bruno Mars faz show secreto em São Paulo antes da turnê – 01/10/2024 – Ilustrada

Dizem que, não importa o tamanho da plateia, o artista precisa fazer o seu melhor. Bruno Mars não deve se apresentar para só 2.000 pessoas há mais de uma dez, desde que alcançou o status de novo rei do pop, mas parece concordar com o clichê.

Para furar sua novidade turnê no Brasil, o cantor fez um show para esta plateia diminuta na noite desta terça-feira (1), no Tokio Marine Hall, em São Paulo. A apresentação foi restrita a convidados e aos ganhadores de uma promoção que a Budweiser fez há alguns meses para recepcionar doações aos desabrigados pelas enchentes no Rio Grande do Sul em maio.

Bruninho, uma vez que ficou sabido pelos fãs em sua última passagem pelo país, estava tão empolgado quanto no The Town, festival onde se apresentou duas vezes para plateias de século milénio pessoas em setembro do ano pretérito.

Subiu ao palco pontualmente, às 21h, e não demorou a entregar o que os fãs mais queriam —seus maiores hits. Não que isso seja difícil, já que sucessos arrasa-quarteirão não faltam em seu repertório.

Bruno começou com “24K Magic”, uma vez que tem feito em todas as suas apresentações pelo mundo, mas logo voltou um pouco mais ao pretérito para trovar “Treasure”, do qual refrão chiclete a plateia acompanhou com as mãos para o cima, batendo palminhas. Ele emendou um solo de guitarra que fez o público permanecer desorientado por poucos seguintes, mas logo quebrou o espanto com “Billionaire”.

A plateia portanto reagiu com sua maior efusividade até aquele momento, ao que ele correspondeu. Findada a apresentação da filete uma vez que gravada em estúdio, Bruno se aproximou o supremo que pode da borda do palco, os holofotes todos em sua direção, e cantou o refrão da mesma música quase todo a capella, exceto por alguns ajustes que aproveitou para fazer em sua guitarra.

Até aí, Bruno indicava que poderia somente apresentar um amontado de hits um detrás do outro —o que não seria zero ruim de ver, visto sua extensão e potência vocal, que vai dos graves aos agudos, mais finos uma vez que em “Please Me” ou mais roucos em “Locked Out of Heaven”, talvez o ponto mais cima da apresentação.

Mas Bruno quis ir além. Dançou sem terror de errar, ao lado de uma filarmónica de oito integrantes com quem mostrou ter afinidade e que acompanhou seus passinhos enquanto tocava toda sorte de instrumentos.

Pode parecer pouco, mas o desapego a um roteiro e uma conexão mútua com a plateia é hoje um pouco notável para uma superestrela do pop. Não é mais a isso, por fim, que o público está habituado, uma vez que evidenciam apresentações recentes um tanto mornas no país —para referir um exemplo recente, houve o playback descarado de Akon no Rock in Rio, há uma semana, e as apresentações todas iguais de Taylor Swift no ano pretérito, mais quais a cantora não alterou nem sequer uma risca de suas falas ou de sua set-list.



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