Muro de 7 milénio brasileiros no Líbano manifestaram interesse em serem repatriados, diz Mauro Vieira
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (9) que tapume de sete milénio brasileiros que vivem no Líbano manifestaram interesse em deixar o país, desde o início dos alertas do governo brasílio sobre uma verosímil intensificação no conflito entre Israel e Hezbollah.
Porém, segundo Vieira, a repatriação depende de diferentes fatores e, por isso, é improvável que todos acabem retornando ao Brasil. A projeção mais concreta da embaixada, de entendimento com o ministro, é de que três milénio pessoas sejam repatriadas.
“Há alguns meses, começamos um trabalho de alertar a população sobre os problemas e dificuldades que poderiam advir da expansão do conflito na Palestina para os países da região, e tapume de sete milénio pessoas disseram que eventualmente teriam o interesse em transpor”, afirmou em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC.
“Mas esse número não é integral e não quer proferir que sairão todos. São as mais diversas situações, uma vez que familiares que não podem transpor e a evolução dos acontecimentos.”, completou.
Ainda assim, o ministro afirma que a repatriação de brasileiros no Líbano será maior que a realizada em 2023, para resgatar cidadãos na Tira de Gaza.
“É uma operação de grande vulto. Será maior do que foi a operação na Palestina, na Tira de Gaza, em Israel, quando foram resgatadas 1.560 pessoas aproximadamente. Agora, as projeções e expectativas são maiores. Em torno de três milénio pessoas”, disse o ministro.
A operação para repatriar brasileiros no Líbano já resgatou 456 pessoas e 6 animais de estimação, por meio de dois voos operados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Um terceiro voo chegou a Beirute na manhã desta quarta-feira e deve decolar ainda hoje de volta ao Brasil.
De entendimento com o governo, a prioridade nas listas de resgate é para mulheres, crianças, idosos e brasileiros não residentes no Líbano.
Posição brasileira
Questionado sobre a posição brasileira diante do conflito entre Israel e o Hezbollah, o ministro ressaltou o compromisso do Brasil em manter a tradição diplomática de promover sossego e diálogo e disse que “ninguém sai ganhando” de uma guerra.
“O Brasil tem sido muito vocal em desaprovar os atos de violência que levaram ao início desse conflito, com o ataque do Hamas a Israel há um ano, mas também tem criticado sempre a reação desproporcional de Israel”, declarou.
“Ninguém sai ganhando. Só vai ter mais mortes, perdas humanas e de infraestrutura”, completou o ministro.
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