Cine do Centur recebe Festival de Filme Etnográfico do Pará • DOL
Há 50 anos, em 1974, “Iracema – Uma transa amazônica” chegava à TV alemã. O filme era um contraponto às propagandas do regime militar sobre a Rodovia Transamazônica e chegou a ser exibido no Festival de Cannes em 1978. Censurado pela ditadura militar, ele só foi exibido no Brasil em 1981. Agora, no 6º Festival Internacional de Filme Etnográfico do Pará (Fifep), o filme será homenageado em uma programação gratuita com exibição de longas e bate papo com cineastas e pesquisadores.
A programação será no Cine Líbero Luxardo, no Centur, em Belém, entre os dias 17 e 20 de outubro. As sessões iniciam às 20h. Não é permitido o consumo de vitualhas e bebidas no interno da sala de exibição.
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Homenagens
O evento será desobstruído na quinta-feira (17), com a apresentação dos convidados, homenagens aos 50 anos de “Iracema” e exibição do filme “Curupira e a Máquina do Rumo”, de Janaína Wagner.
Na sexta-feira (18) haverá estreia dos curtas-metragens produzidos a partir da Residência Cinematográfica, coordenada por Luís Adriano Daminielo, com alunos do curso de Cinema da Universidade Federalista do Pará (UFPA), a partir de temas inspirados no filme Iracema, além da exibição de “Era uma vez Iracema” e “Ainda uma vez Iracema”, de Jorge Bodanzky.
No sábado (19) será exibida a versão remasterizada na Alemanha, em 4K, do filme original. Em seguida a sessão, o público terá a oportunidade de conversar com a protagonista de Iracema, Edna de Cássia Cereja, e com o diretor Jorge Bodanzky. O bate-papo contará com a presença de Marco Antônio Moreira, Sydney Possuelo e Jorane Castro.
Esta edição do Festival marca também a estreia do filme “Edna: 50 anos depois de Iracema”, do diretor Alessandro Campos, que também é responsável pela organização do Festival. O filme será exibido no domingo (20), último dia do eventol.
Pluralidade e preservação – Alessandro Campos acredita que o Fifep chega ao sexto ano mais fortalecido. “O Festival tem uma taxa muito grande entre cineastas, pesquisadores e público, sobretudo pela proposta de exibição, uma proposta militante que celebra a variedade e a preservação ambiental. Desde nossa geração sempre foi esta a teoria: utilizar a potência do audiovisual porquê utensílio de exibição, celebração e também de denúncia e combate. Mas, principalmente, nasce com o objetivo de ampliar o público para levante tipo de produção, o que tem se concretizado ao longo das edições”, ressalta o organizador.
“Com o passar dos anos, o interesse do público por filme etnográfico tem aumentado, e as sessões costumam lotar. É nessa hora que todo cansaço e frustração dão lugar à satisfação e alegria. Ver as pessoas saindo e comentando os filmes, debatendo a reverência dos problemas e belezas que acabaram de observar, é nossa recompensa”, afirma Alessandro Campos.
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Programação completa:
17/10 – quinta-feira- 20h
- Exibição Peculiar do filme “Curupira e a Máquina do Rumo”, de Janaina Wagner.
- Roda de conversa com a diretora do filme, Janaina Wagner, e ainda Jorge Bodanzky, Orlando Maneschy e Luís Adriano Daminello.
18/10 – sexta-feira- 20h
- Exibição do resultado da IV Residência Cinematográfica “Projecto Etnográfico”.
- Exibição de “Era uma vez Iracema” e “Ainda uma vez Iracema”, de Jorge Bodanzky.
- Roda de conversa com o diretor Jorge Bodanzky, e ainda Janaina Wagner, Edna de Cassia Cereja, Luís Adriano Daminello e Adriano Barroso.
19/10 – sábado – 20h
- Exibição da versão remasterizada em 4K de “Iracema, Uma Transa Amazônica”.
- Roda de conversa com o diretor Jorge Bodanzky, a protagonista Edna de Cássia Cereja, Marco Antonio Moreira, Sydney Possuelo e Jorane Castro.
20/10 – domingo – 20h
- Exibição de estreia do documentário “Edna, 50 Anos Depois”.
- Roda de conversa com o diretor do filme Alessandro Campos, a protagonista Edna de Cássia Cereja, a roteirista Janaina Alves, o diretor de Retrato San Marcelo, Jorge Bodanzky, Marco Antonio Moreira e Orlando Maneschy.
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