Em cinco dias, agências têm avaliações opostas da política fiscal
Para a Moody´s, o descompasso entre a política fiscal e o prolongamento do Resultado Interno Bruto (PIB) poderia afetar a classificação de risco do país.
“As principais medidas de receitas são transitórias ou têm benefícios incertos”, afirmou a Fitch em nota. “Estas medidas improvisadas demonstram um compromisso com as metas fiscais, mas não oferecem melhorias fiscais estruturais.”
Ou seja, a filial criticava as medidas de aumento de arrecadação perseguidas pelo ministro da Quinta, Fernando Haddad, e aprovadas no Congresso com palavras duras. Classificou de “transitórias” e “improvisadas”.
Nesta terça-feira (1), a Moody´s foi no caminho totalmente oposto. A filial não só elevou a classificação de risco do Brasil, colocando um degrau inferior do nível de investimento, uma vez que deixou o outlook no “positivo”.
A perspectiva positiva significa que a Mooody´s pode revisar a nota nos próximos 12 a 18 meses, fazendo o governo Lula sonhar com a recuperação do proporção de investimento – o que seria uma vitória política e tanto.
O proporção de investimento é o selo de bom pagador, que atrai muitos recursos de fundos internacionais. Um sinete que o atual presidente conquistou em seu primeiro procuração e que sua sucessora Dilma Rousseff perdeu em 2015, quando o Brasil mergulhou numa grave crise econômica.
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