Falta de regulação das tecnologias pode levar à morte da liberdade de frase, diz Cármen Lúcia

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira (4) que a falta de regulação de tecnologias pode levar à morte da liberdade de frase.

A ministra do Supremo Tribunal Federalista (STF) discursou na lisura do Programa de Convidados Internacionais para as Eleições Municipais 2024.

“As tecnologias, hoje, oferecem a possibilidade de morte, até de liberdades, se não forem devidamente reguladas”, disse.

A ministra comparou o uso dos algoritmos para fins eleitorais ao voto de cabresto, prática política que consistia no controle do voto por secção dos coronéis. Cármen Lúcia afirmou que os aparelhos eletrônicos, porquê celular e computador, têm capacidade de manipular os eleitores a partir da exposição excessiva à desinformação.

“Criamos o cabresto do dedo. Alguém põe na nossa máquina, no nosso celular, no nosso computador, alguma coisa que nos desinforma e nos encabresta (sic) para o mesmo lugar, porquê se fôssemos somente manipulados, sem condições de livremente escolher. É contra isso que o Recta hoje luta, para que a gente tenha possibilidade de resgatar a plena liberdade de voto”, disse.

A presidente do TSE também rebateu críticas de que a regulação das plataformas digitais irá cercear a liberdade de frase, referindo-se a elas porquê “fake news”.

“Com a lucidez sintético, acresceu-se ainda a exposição de verosimilhança de fatos, dados e até imagens que confundem o cérebro humano. O cérebro confundido não é um cérebro livre, ele não pode fazer escolhas porque não tem o prumo necessário e o raciocínio necessário para que a liberdade sátira se estabeleça”, disse.

A ministra disse que as eleições municipais de 2024 têm desafios, assim porquê as realizadas no pretérito, mas que o maior deles é testificar a pluralidade de opiniões, sem violência.

No oração, a presidente do TSE também mencionou a existência de desafios globais, porquê guerras.

“Depois da Segunda Guerra Mundial, imaginava-se que a gente nunca mais veria [guerra]. Estamos caminhando quase para o final de 2024 com mais de 70 países em guerra. O que é a prova de uma doença porque a guerra é escassez de democracia entre os povos”, disse.

40% dos eleitores não se identificam nem com direita nem com esquerda



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