Grande explosão atinge sul de Beirute

Uma grande explosão atingiu o sul de Beirute na noite deste sábado (5), depois que militares israelenses emitiram novas ordens de retirada para moradores da região.

Um equipe da CNN ouviu um possante estrondo, seguido de estrondo de drones e luzes fortes no firmamento. Ataques desse tipo no início da madrugada (no horário lugar) se tornaram comuns na última semana a medidas que os bombardeios israelenses se intensificam.

Ordem de retirada

Pouco tempo antes das explosões abalarem o sul de Beirute, um porta-voz militar israelense emitiu um “aviso suplementar aos moradores dos subúrbios do sul em Haret Hreik e Choueifat Al-Amrousieh.”

Avichay Adraee, porta-voz sarraceno das Forças de Resguardo de Israel, publicou o aviso no X: “Se você está localizado perto de instalações e interesses afiliados ao Hezbollah, o Tropa de Israel vai trabalhar contra eles no horizonte próximo”.

Adraee emitiu um aviso idêntico aos moradores de Bourj el Barajneh, um bairro densamente povoado que abriga um campo de refugiados palestinos e muitos migrantes mais pobres.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma novidade lanço do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com esteio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe esteio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Fita de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Fita de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Tropa israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Resguardo de Israel afirmam que mataram praticamente toda a enxovia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o término do conflito. Com o aumento das hostilidades, o governo brasílico anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Fita de Gaza, Israel procura erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 milénio palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Fita de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.



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