Professor de escola federalista é exonerado réu de assédio a alunas
A Universidade Federalista do Acre (Ufac) demitiu na última quarta-feira (9/10) o professor do seu Escola de Emprego que havia sido denunciado por alunos e alunas por suposto assédio sexual na instituição. A poste noticiou o caso em agosto.
Assinada pelo reitor da Ufac, Josimar Batista Ferreira, a exoneração do professor foi publicada no Diário Oficial da União posteriormente a desenlace de um processo administrativo contra ele. Os motivos da exoneração, conforme o procedimento destapado na universidade, foram “incontinência pública e conduta escandalosa, na secretaria”. Ele estava longínquo do escola desde maio, quando as denúncias vieram a público.
Além do processo administrativo que levou à exoneração do professor, os supostos casos de assédio sexual também são apurados em um procedimento criminal sigiloso do Ministério Público Federalista (MPF) no Acre.
Conforme mostrou a poste, os relatos de oito alunos do Escola de Emprego da Ufac, entre garotos e garotas de 14 a 17 anos, foram feitos em 6 de maio em uma reunião entre pais, professores e representantes da Associação dos Docentes da Universidade Federalista do Acre (Adufac), que à estação liderava a greve na universidade.
A Adufac reuniu as acusações em uma representação feita ao MPF em 10 de junho. A maioria dos alunos não especificou quando os casos de assédio teriam ocorrido. Dois deles citaram o ano de 2022.
Em um vídeo com relatos dos jovens, eles citaram comentários do professor sobre o corpo de alunas, toques inapropriados em braços, mãos e pescoço de algumas delas, formas indesejadas de se guiar a elas e “piadas” de cunho sexual dentro e fora da sala de lição.
Em um dos casos, um jovem citou de 17 anos, aluno do 3º ano do Ensino Médio, mencionou uma passagem em que o professor teria oferecido conotação sexual a um sorvete que havia comprado.
“Ele comprou o sorvete, passou pelos meninos e falou exatamente assim: ‘vocês, meninos, quando vão chupar um sorvete chupam na mesma globo?’. Uma colega minha estava por trás e ouviu, ele percebeu e falou ‘desculpe, não sabia que tinha uma senhorita por cá’. Ele passou a mão no ombro dela e ela foi embora. Quando ele percebeu que não tinha mais nenhuma moça por perto, ele chegou nos meninos e falou muito assim ‘é mal se chupa’ e deu o maior chupão na globo, um lambidão depois. Todo mundo ficou sem perdão”, disse o rapaz.
Uma das jovens contou ter relatado à direção do escola uma ocasião em que ouviu do professor que seu corpo “era muito desenvolvido para a idade”. Depois disso, segundo a pequena, o docente lhe disse que ela deveria “permanecer calada” sobre situações envolvendo aluno e professor dentro de sala de lição.
Os alunos também afirmaram que o professor dizia ter amizade com a direção da escola, postura que teria inibido denúncias dos jovens ao comando do escola. A representação da Adufac ao MPF citou que o professor já havia sido níveo de denúncias anônimas no Instagram em novembro de 2023, sem que medidas tenham sido tomadas na ocasião.
Ouvido pela poste, o professor agora exonerado negou qualquer assédio sexual contra os alunos do escola da Ufac e se disse vítima de perseguição.
“Essas situações não têm zero a ver, eu nego. Não cometi assédio. O que acontece é que tem havido perseguições a pessoas no Escola de Emprego e eu sou uma delas. Perseguições por secção de professores e alunos. Minha vida é toda levada ao bom trabalho”, afirmou.
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