Sirenes tocam em Tel Aviv após Hezbollah anunciar ataque; Blinken viaja ao país hoje

O Hezbollah disse que bombardeou os subúrbios de Tel Aviv em Israel nesta terça-feira (22). Segundo os militares israelenses, cerca de 15 projéteis cruzaram o norte e o centro de Israel vindos do Líbano na manhã desta terça, no horário local.

Alguns dos mísseis foram interceptados e outros caíram em áreas abertas, disseram os militares. Sirenes tocaram na área de Samaria e em Modi’in Illit, as forças israelenses acrescentaram.

O Hezbollah disse que teve como alvo a área de Nirit, nos subúrbios de Tel Aviv, uma base naval israelense a oeste de Haifa e a base Glilot da unidade de inteligência militar 8200, localizada também nos subúrbios de Tel Aviv.

O grupo apoiado pelo Irã afirmou que bombardeou as regiões com mísseis e foguetes.

Sirenes de ataque aéreo soaram em Tel Aviv, de acordo com uma testemunha da Reuters.

Os militares israelenses disseram não ter conhecimento de quaisquer feridos causados ​​pelo lançamento de foguetes. Não houve relatos imediatos de danos.

Espera-se que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegue nesta terça no país para retomar as conversas para a negociação de um acordo cessar-fogo que encerre a guerra na Faixa de Gaza após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar.

O conflito entre Israel e o Hezbollah eclodiu há um ano, quando o grupo apoiado pelo Irã começou a lançar foguetes contra o norte de Israel em apoio ao grupo palestino Hamas.

As defesas aéreas de Israel interceptaram a grande maioria dos mísseis e drones disparados contra Israel desde o início da guerra em Gaza.

A tensão na região se intensificou nas últimas semanas, com Israel bombardeando o sul do Líbano, os subúrbios ao sul de Beirute e o Vale do Bekaa, matando os principais líderes do Hezbollah e enviando tropas terrestres através da fronteira.

O Hezbollah, por sua vez, disparou foguetes mais profundamente em Israel.

Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã, conta com uma série de grupos paramilitares.

São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.

O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

Com informações da Reuters.



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