um ano vivido a conta-gotas em Israel

Palestinos assumem o controle de um tanque israelense após cruzar a cerca da fronteira com Israel de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023
ABED RAHIM KHATIB/FLASH90

Palestinos assumem o controle de um tanque israelense depois cruzar a muro da fronteira com Israel de Khan Yunis, no sul da Filete de Gaza, em 7 de outubro de 2023

Desde 7 de outubro de 2023 , data do pior ataque terrorista já realizado contra Israel , o dia 7 de cada mês virou uma data sombria por cá, mormente para aqueles que presenciaram as cenas da invasão de palestinos – entre eles combatentes do grupo terrorista Hamas e também civis –, coordenados para praticar barbaridades indescritíveis. Homens e mulheres de todas as idades, bebês, policiais, soldados, árabes-israelenses e trabalhadores estrangeiros, em comunidades agrícolas e em cidades: os terroristas almejavam judeus , mas não pouparam ninguém que estivesse cometendo o “violação” de habitar uma terreno que, segundo creem, a eles pertence.

Nos próximos 4 dias, publicaremos cá relatos dramáticos de sobreviventes.

Vários massacres em um único apocalipse

Os muro de 8 milhões de judeus que vivem em Israel , país cuja superfície totalidade é subordinado à do menor Estado brasílio – o Sergipe –, viveram (e vivem) em maior ou menor intensidade os ataques do Hamas , do Hezbollah , do Irã e dos Houthis , grupo terrorista fundamentado no Iêmen. É justo declarar que não vivemos um único massacre, mas vários, e se para segmento de nós o 7 de outubro ficará marcado para sempre porquê uma data catastrófica, para outra ela será lembrada porquê um dia apocalíptico. Entre eles, os sobreviventes do Festival Novidade , um evento músico que reuniu 5 milénio pessoas a cinco quilômetros da fronteira de Gaza , e os habitantes de cidades e comunidades agrícolas e no sul do país, os kibbutzim

vídeo de minha autoria do memorial em presente dos mortos criado na superfície do Festival Novidade

Casas destruídas em Kibbutz Kfar Aza e Kibbutz Ein Hashloshá

kibbutzim do sul  de Israel, um ano após ataques do Hamas
Miriam Sanger

kibbutzim do sul de Israel, um ano depois ataques do Hamas

Casas destruídas nos kibbutzim do sul de Israel
Miriam Sanger

Casas destruídas nos kibbutzim do sul de Israel

Já no setentrião de Israel, região da mote com o Líbano agora em ebulição, 60 milénio pessoas estão até hoje evacuadas de suas casas em função dos bombardeios “solidários” do Hezbollah (ao Hamas), que resultaram em 49 mortos e 372 feridos até o primórdio deste mês de outubro. Todo o povo judeu não esquecerá essa guerra – mais do que isso, muitos já não estão entre nós, outros chorarão esse dia eternamente enquanto lembram dos seus, e milhares não terão condições psicológicas para retomar suas vidas.

O dia 7 de outubro de 2023 foi um divisor de águas para o povo de Israel.

Um ano de números importantes

Nascente também foi um ano repleto de números importantes, a debutar aqueles que resultaram  diretamente do ataque palestino a Israel: em unicamente um dia, mais de 1,2 milénio mortos, mais de 5,5 milénio feridos e 254 sequestrados. Destes, 101 reféns ainda aguardam serem resgatados, vivos e mortos – em Israel, acredita-se que haja unicamente muro de 30 sobreviventes.

Até agora:

  • – Mais de 9,3 milénio mísseis foram lançados pelo Hezbollah a partir do sul do Líbano. 

  • – Mais de 5 milénio mísseis foram lançados pelo Hamas, a partir da Filete de Gaza, somente no dia 7.10; é difícil calcular quantos foram ao longo de um ano de guerra.

  • – Tapume de 500 drones, aviões não tripulados e mísseis balísticos foram lançados pelo Irã, localizado a 1.800 quilômetros de Israel. 

  • – Dos Houthis, no Iêmen, houve pelo menos quatro ataques importantes com centenas de mísseis. 

  • – Tapume de 730 soldados israelenses morreram em ação até agora, no setentrião e no sul do país.

No entanto, foi também um ano de boas surpresas. Os israelenses lembraram-se das ameaças existenciais às quais está sempre sujeito o Estado judeu , e gritaram com todas as forças: nunca mais. Diferentes populações em Israel e na Diáspora, que muitas vezes se veem porquê oponentes em tempos de sossego, juntaram-se para resgatar e estribar uns aos outros: judeus ultraortodoxos e seculares, drusos e árabes israelenses, esquerdistas e direitistas, deram as mãos e, juntos, realizaram um show de solidariedade.

Embora estarrecidos pelo genocídio perpetrado sem sucesso pelo Hamas e atônitos com o sequestro de tantos irmãos – temperado pela barbárie que marcou todos os eventos –, os israelenses se mobilizaram imediatamente para tratar, nutrir, agasalhar, hospedar e estribar quem está na risca de frente. Milhões de dólares estão sendo arrecadados por pessoas e entidades pelo mundo (não unicamente judaicas). Isso para prometer que o passageiro de 350 milénio reservistas conte com todo o equipamento de segurança necessário para lutar pelo país, e para que centenas de milhares de famílias afetadas tenham pelo menos abrigo e provisões à mesa.

Durante a semana de 7 de outubro de 2023, enquanto as companhias internacionais cancelavam todos os voos a Israel, aeroportos de todo o mundo ficaram lotados de israelenses que estavam no exterior, por diferentes motivos, e decidiram, mesmo antes da convocação militar (conhecida porquê Tav 8), se apresentaram imediatamente para o serviço de suplente. 

Uma historinha pessoal

Civis também correram para mansão. Eu e meu marido, em férias na Itália, tivemos que lutar para conseguir assentos em um voo da El Al ou da Israir de volta para mansão. Estas companhias aéreas israelenses foram as únicas que mantiveram-se ativas, ininterruptamente, nesse último ano, e lançaram voos de resgate a partir de diversos países nas duas semanas seguintes ao início da guerra.

Na fileira de embarque, um grupo de jovens italianos judeus distribuía sorrisos, chuva e bolo. Mais tarde, enquanto eu aguardava o meu embarque para Tel Aviv, sentei-me ao lado de brasileiros que esperavam seu voo para São Paulo. “Está perigoso em Israel. Não faz mais sentido você vir conosco para o Brasil?”, um deles me perguntou.

Os israelenses, ao contrário de outros povos, correm para mansão quando ela corre transe.

DNA da resiliência

Os civis israelenses também lembraram, nestes 12 meses sombrios, que a resiliência está em seu DNA e vêm suportando todos os ataques inimigos com disciplina e coragem (nem todos, naturalmente). Para os soldados israelenses, que são na verdade jovens recém-saídos do colegial e que prestam serviço militar obrigatório de três anos para homens e dois para mulheres, demonstram uma valentia e união sem limites.

Ainda assim, a resiliência não pode remediar as profundas feridas causadas por essa guerra , a mais longa já travada por Israel . O traumatismo e o pós-trauma estão disseminados pela população em todo o país. A economia israelense enfrenta um dos momentos mais desafiantes de sua história. Nossas florestas e cidades no setentrião estão destruídas, assim porquê nossas plantações e comunidades no sul. Nosso idosos reviram cenas do Sacrifício, nossas crianças entenderam que o mundo é um lugar perigoso.  

Destruição de casa em kibbutzim no Sul de Israel
Miriam Sanger

Ruína de mansão em kibbutzim no Sul de Israel

Fora de Israel, as relações internacionais estão abaladas e mais uma vez a moralidade da país judaica é questionada (o que não é novidade). A diretoria de universidades renomadas em diferentes países – e precisamos registrar na História que Harvard, University of California (UCLA), Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Oxford estão entre elas – assistem calados à incitação do ódio contra seu alunos judeus e à chamada pela ruína de Israel. Governos inimigos criticam o país e governos amigos, também. O relacionamento entre Israel e os Estados Unidos balança porquê sob uma tempestade, mês depois mês.

Mais importante do que tudo, Israel recuperou a autoestima, partida até seus alicerces por um ano de cisma político interno e um ataque que só encontra precedentes no Sacrifício (intimamente ligados, segundo muitas opiniões internas). Está resistindo às pressões internacionais de amigos e inimigos, resgatou reféns de túneis (infelizmente poucos) e luta bravamente em sete frentes de guerra.

Representantes de países e entidades – porquê António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva – acusam Israel com enorme originalidade. Não à toa tornaram-se persona non grata em Israel. Apesar da dificuldade de exterminar uma ideologia – no caso, a Jihad, ou seja, a guerra santa islâmica proclamada contra os “infiéis” (o que inclui você, meu dispendioso leitor, a não ser que seja um muçulmano praticante) –, o tropa e os serviços secretos israelenses se utilizaram de instrumentos de combate que ficarão registrados, por sua inventividade, nas páginas da História. Com elas, o país conseguiu impor perdas importantes aos seus inimigos.   

Essa é uma descrição bastante sucinta do que ocorreu em Israel no último ano e poderia se estender por metros de texto. Assim, fechemos lembrando das infinitas lágrimas já derramadas, e muitas outras ainda fluindo violentamente de nossas almas, que choram pelo tramontana imprevisível dos reféns ainda em poder do Hamas.

Até amanhã.



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