As pessoas viciadas em buscar imóveis na internet: ‘É meu pornô’
- Author, Simon Browning e Lora Jones
- Role, Da BBC News Brasil em São Paulo
A britânica Katie Smith tem um vício. Alguma coisa que ela se sente compelida a fazer dezenas de vezes por dia.
“Rightmove é meu pornô”, diz Katie, rindo. “É uma vez que ser um voyeur moderno”, ela diz, referindo-se ao número de interiores de casas que ela olha, tudo do conforto de seu smartphone.
Na semana passada, depois de uma viagem de um dia para outro condado, ela passou a noite olhando todas as casas à venda lá – independentemente do preço.
E durante um termo de semana recente em Londres, ela adorou olhar “quão caras são as casas em Richmond”, região que ficava perto de seu hotel.
Portais imobiliários uma vez que Rightmove, Zoopla e On the Market são minas de ouro de dados de usuários sobre compradores e vendedores de imóveis. No Brasil, há aplicativos uma vez que Zapimóveis, Quinto Caminhar e os sites das próprias imobiliárias.
A Zoopla disse à BBC que 1.860 propriedades são visualizadas a cada minuto em seu site e aplicativo, enquanto o número é ainda maior para a Rightmove — quase 10 milénio propriedades visualizadas por minuto.
A Rightmove rejeitou recentemente uma quarta oferta de obtenção do REA Group, do bilionário Rupert Murdoch, dizendo que a última oferta de 6,2 bilhões de libras (equivalente a R$ 44,3 bi) subvalorizou a empresa e suas perspectivas futuras.
Os próprios sites reconhecem que nem todos os seus usuários podem realmente estar procurando se mudar de vivenda, logo o que faz as pessoas continuarem olhando?
Katie, que trabalhou anteriormente em design de interiores, diz que adora verificar a rapidez com que as propriedades são vendidas e tem uma lista de casas favoritas que ela olhou.
“Eu senhoril propriedades com personalidade, uma vez que belas casas no estilo georgiano (casas construídas entre 1714 e 1837)”, ela diz.
Ela e seu parceiro estão planejando se mudar de sua vivenda alugada em tapume de seis meses, mas não há urgência imediata ou urgente de procurar.
“Ele acha que estou olhando mais casas por pretexto disso, mas não é – é só porque eu senhoril isso!”
‘Adoro olhar as vegetação das casas’
Sam Kennedy Christian, que mora em Herne Bay, em Kent, com seu marido e dois filhos, usa o Zoopla para ver suas casas dos sonhos.
“Adoro imaginar o que eu compraria se ganhássemos na loteria… especificamente na Ilhota de Man, onde cresci e minha família ainda vive”, diz ela.
Eles se mudaram para mais perto do litoral durante a pandemia, pois muitas pessoas buscavam mais espaço ao ar livre.
Sam diz que gosta de atualizar o aplicativo Zoopla uma vez que secção de sua rotina de antes de dormir ou enquanto espera o bebê dormir.
Ela também fica de olho em propriedades semelhantes no mercado sítio, embora não pretendam vender a que possuem tão cedo.
“Eu adoro mormente uma vegetal baixa – dá pra ter uma teoria real de uma vez que é a vivenda e uma vez que você pode usar o espaço.”
‘Forma de escapismo’
Quando navegamos em sites de imóveis, estamos nos envolvendo em “uma forma de escapismo que explora os sistemas de recompensa do cérebro”, diz Louisa Dunbar, fundadora da OrangeGrove, uma escritório de pesquisa que usa ciência comportamental para melhorar sites de negócios.
“Visualizar a nós mesmos nessas casas desejáveis aciona o sistema de liberação de dopamina, nos dando uma sensação de prazer, mesmo que não estejamos planejando comprar. É uma chance de entrar mentalmente em uma vida melhor.”
Ela diz que certos recursos de portais de imóveis são desenvolvidos para isso.
Fotos de subida qualidade podem encorajar os usuários a se imaginarem morando em um imóvel, enquanto o uso de botões com termos uma vez que “destaque” ou “recém adicionadas” alimentam o susto de deixar alguma coisa passar.
Esses gatilhos psicológicos podem nos manter engajados enquanto bisbilhotamos a sala de estar do vizinho ou imaginamos um porvir melhor, diz ela.
Os usuários podem amar esses sites de imóveis, mas eles valem a pena para os agentes imobiliários, já que a maioria das visualizações não se transformará em uma compra ou aluguel?
Alguns agentes expressaram desconforto com o superior dispêndio para anunciar, particularmente no Rightmove. Eles dizem que fornecem todas as fotos e informações de listagens sobre as casas à venda e ainda têm que remunerar pelo serviço. Isso significa que esses altos custos podem limitar sua capacidade de anunciar em jornais locais ou outros lugares.
“Agora, não conseguimos mais viver sem coisas uma vez que o Rightmove”, disse um agente imobiliário, que não quis ser identificado, à BBC.
“Os preços [para agentes imobiliários] estão subindo mais rapidamente do que eu gostaria e me preocupo com o domínio que eles têm no mercado. Mas, mesmo que muitos usuários estejam somente navegando sem nenhuma intenção real de se mudar, ainda vale a pena ter propriedades lá.”
A Rightmove respondeu, dizendo que tem “uma variedade de pacotes diferentes para atender empresas de diferentes tamanhos”.
Tanto a Rightmove quanto a Zoopla estão otimistas sobre o porvir, dizendo que a crédito no mercado está se recuperando à medida que as taxas juros para financiamento caem.
Na quinta-feira, a Zoopla disse que o número de casas à venda em sua plataforma está crescendo.
E por enquanto elas parecem estar atraindo a todos, sejam usuários ociosos somente bisbilhotando, fantasiando sobre castelos que nunca poderão remunerar, ou um proprietário verificando uma vez que o valor de sua vivenda se compara ao de seus vizinhos – ou de roupa um comprador genuíno.
Crise imobiliária
Enquanto o mercado de anúncios está em subida, o Reino Uno, assim uma vez que outros países do mundo, sofre o que o relator próprio da ONU sobre o recta à moradia adequada descreve uma vez que uma “imensa crise” de graduação global.
“Enquanto falamos sobre lucidez sintético, colônias em Marte e outras ideias inalcançáveis, esquecemos que grande secção da humanidade não tem aproximação a coisas básicas uma vez que moradia”, diz Balakrishnan Rajagopal em entrevista à BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, em agosto deste ano.
De convénio com suas estimativas, quase um em cada cinco habitantes do planeta vive sem moradia adequada, apesar de ser um recta humano — e levante número pode passar de 3 bilhões de pessoas em poucos anos.
Londres, mormente, sofre com problemas de falta de moradia cada vez mais graves. Enquanto os imóveis na cidade ficam cada vez mais inacessíveis, as pessoas se mudam para cada vez mais longe para dar conta dos alugueis.
Enquanto isso, inúmeras casas e apartamentos nas regiões centrais – comprados uma vez que forma de investimento – permanecem vazios.
*com reportagem de Chris Newlands
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