Ibovespa cai perto de 1,5% e dólar sobe de olho no Oriente Médio e nos EUA
O principal índice do mercado brasílio, o Ibovespa, despencava mais de 1% e o dólar subia em meio a tensões crescentes no Oriente Médio e dados fortes do mercado de trabalho dos EUA nesta quinta-feira (3), dissipando o impulso doméstico positivo da véspera.
Às 14h30, o Ibovespa caia 1,62%, aos 131.334,87 pontos. Na quarta-feira (2), o índice fechou com valorização de 0,77%, no patamar dos 133 milénio pontos.
No mesmo horário, o dólar subia 0,88%, cotado a R$ 5,488, em cenário oposto ao visto na última sessão, quando a moeda encerrou em queda de 0,34%.
Os ativos brasileiros devolviam os ganhos da sessão anterior, quando a elevação da nota de crédito do Brasil pela escritório de classificação de risco Moody’s gerou otimismo no mercado pátrio quanto aos investimentos estrangeiros, gerando gosto por risco no país.
Cenário extrínseco
Fatores externos sobrepunham-se às forças domésticas, com temores por um conflito espaçoso no Oriente Médio causando aversão ao risco e dados sólidos dos EUA, com destaque para o PMI de serviços, afastando mais as chances de um retardamento monetário invasivo no Federalista Reserve (Fed, banco mediano dos EUA).
O Irã realizou na terça seu maior ataque contra Israel até portanto, lançando uma série de mísseis balísticos no território israelense. EUA e Israel prometeram retaliação, ampliando as perspectivas de uma guerra regional mais ampla e gerando aversão ao risco nos mercados.
Na agenda macroeconômica, dados mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA subiram para 225.000 na semana encerrada em 28 de setembro, de 219.000 revisados ligeiramente para cima na semana anterior.
Apesar de o número ter sido supra do esperado — economistas consultados pela Reuters projetavam 220.000 pedidos — o resultado fortalece o argumento de que o mercado de trabalho norte-americano passa por um esfriamento moderado, o que indica cortes graduais nos juros do Federalista Reserve.
“No universal, eu vejo um envolvente mais propício para fortalecimento da moeda norte-americana, tanto por essa questão de uma certa aversão ao risco, quanto pela questão do pouso suave da economia”, disse Leonel Mattos, crítico de Lucidez de Mercado da StoneX.
Em seguida os dados, operadores ainda colocavam 64% de chance de uma redução de 25 pontos-base na taxa do Fed, um cenário positivo para o dólar posteriormente projeções anteriores apontarem para um retardamento mais invasivo.
Cenário doméstico
Na terça-feira, posteriormente o fechamento dos mercados, a escritório de classificação de risco Moody’s elevou a nota do Brasil de Ba2 para Ba1 e manteve a perspectiva positiva, deixando o país a um degrau do chamado intensidade de investimento, classificação dada a países vistos uma vez que de insignificante risco de calote.
A notícia contribuiu para a valorização do real na sessão de quarta-feira, com a moeda brasileira indo na contramão de seus pares fortes e emergentes, que digeriam o aumento das tensões entre Israel e Irã e dados fortes de ocupação no setor privado dos Estados Unidos.
Segundo analistas, no entanto, a mudança anunciada pela Moody’s não reverteu preocupações dos agentes financeiros locais com o estabilidade das contas públicas.
“O mercado digeriu muito a questão da Moody’s (…) mas não comprou que melhorou a perspectiva fiscal com esse ‘upgrade’. Pelo contrário, ainda muito precisa ser feito na contenção de gastos”, disse Matheus Spiess, crítico da Empiricus Research.
As atenções se voltavam para a divulgação de dados do Tesouro Vernáculo, em procura de sinais sobre a situação das contas brasileiras.
Segundo o Tesouro, o governo mediano registrou déficit primitivo de R$ 22,404 bilhões em agosto, perante um saldo negativo de R$ 26,730 bilhões no mesmo mês do ano pretérito. O oferecido veio em risca com o esperado por economistas.
*Com informações de Reuters
Publicar comentário