Elevação do rating de crédito do Brasil é descolado da verdade fiscal do país

A filial de classificação de risco Moody’s elevou o rating de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, nos colocando a um passo do proporção de investimento (Baa3). De combinação com a filial, a revisão da nota de decorreu do desenvolvimento do PIB supra do esperado e de reformas importantes realizadas nos últimos anos. É verdade que a atividade econômica tem surpreendido positivamente desde 2022 e reformas relevantes ocorrem desde 2016. Porém, também é verdade que o desenvolvimento econômico, mormente desde o governo Lula 3, tem sido apanhado com expansão de gastos públicos, trazendo consequências preocupantes do ponto de vista fiscal. 

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Quantos às reformas, a percepção da filial é parcialmente verdadeira. De indumentária, tivemos Reforma Trabalhista, extinção da TJLP, Lei de Liberdade Econômica, Marco do Saneamento, Independência do Banco Meão, Reforma da Previdência e Teto de Gastos (extinto em 2023). No entanto, todas essas reformas ocorreram em governos anteriores (Temer e Bolsonaro). No atual governo, observa-se um esfriamento de reformas estruturais.

Por exemplo, o novo tórax fiscal foi um retrocesso em termos de controle de gastos, ao vincular o desenvolvimento das despesas a 70% do aumento da arrecadação. Aliás, a novidade regra fiscal impõe um gasto mínimo de inflação acrescido de 0,6%. Essas duas regras tornam a expansão do gasto público e do endividamento inevitáveis. Para financiar gastos crescentes, o governo tem que se endividar mais com a sociedade, elevando sistematicamente a relação dívida/PIB desde 2023.

Nossa dívida bruta está em 78,5% do PIB, e o déficit nominal do Governo Meão ultrapassa R$1 trilhão de reais no aglomerado de 12 meses – zero de uma pandemia sem ter tido uma epidemia global de Covid-19. Em 2008, quando atingimos o proporção de investimento, nossa dívida girava em torno de 55% do PIB, e o déficit nominal aglomerado em 12 meses era de R$69 bilhões. De lá para cá, tudo piorou – e muito.

Além da piora quantitativa das contas públicas – aumento do déficit e do endividamento – o que evidentemente aumenta o risco de calote da dívida, há uma piora qualitativa do gasto. Indexação de aposentadorias e benefícios sociais ao salário mínimo e a volta das vinculações de gastos com saúde e instrução tornam a dinâmica da dívida pública explosiva e insustentável a longo prazo.

A não contabilização de gastos extraordinários e a utilização dos fundos estatais para engrandecer o gasto, driblando o resultado primordial, também fazem segmento da piora dos fundamentos fiscais do país. A Moody’s parece ignorar todos esses fatos, assim uma vez que não perceberam o risco de crédito na crise bancário (subprime) em 2008 nos EUA. 



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