Rappin’ Hood critica cultura armamentista em novo clipe, “ponto 41“; assista

O rapper paulistano Rappin’ Hood, 53, lança nesta quarta-feira (27) uma nova música, “ponto 41”, em que critica a cultura armamentista e a violência.

Em “Ponto 41”, Rappin Hood aborda uma temática que tem ganhado cada vez mais relevância no dia a dia, mas ainda não foi retratada na arte e cultura até agora: a proliferação de armas e a normalização da violência na sociedade contemporânea.

Na peça audiovisual, Rappin Hood mescla imagens do cotidiano de famílias brancas com armas.

Assista ao vídeoclipe de “ponto41”:

Ao final, o espectador é lembrado que os principais alvos de violência armado no Brasil são jovens negros. Homens negros representam 79% das vítimas de homicídios por arma de fogo no Brasil, segundo a pesquisa “Violência Armada e Racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial”, do Instituto Sou da Paz, divulgada no último dia 20.

O clipe também traz o “Beat Box Gun Machine”, executado com maestria por Igor Beatcong, acompanhado no vídeo por emojis de armas e projéteis.

Ao final do clipe, Rappin’ Hood termina fazendo o símbolo do Sou da Paz, em um pedido por menos violência na sociedade.

Relembre a carreira de Rappin’ Hood

Rappin’ Hood começou a carreira em 1989, quando se lançou como rapper na cena nacional vencendo um festival de rap. Em 2001, lançou seu primeiro disco, “Sujeito Homem”. Desde então, já gravou com nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Living Colour, banda composta apenas de músicos pretos de hard rock.

Além da carreira musical, Rappin’ Hood é conhecido por seus projetos sociais e por inspirar jovens a usarem a arte como meio de expressão e mudança. Ele frequentemente participa de eventos em escolas e comunidades, promovendo a conscientização sobre questões sociais e oferecendo uma plataforma para novos talentos.